Um homem de 66 anos com HIV está em remissão há 17 meses (considerada de longo prazo) após receber um transplante de células-tronco. A medula óssea recebida pelo paciente foi doada por outro indivíduo portador de uma mutação rara e crucial para vencer o vírus, pois impede que o HIV (na imagem, em amarelo) ataque as células (em azul na imagem).
O anúncio foi feito em um congresso nesta semana por cientistas do Hospital City of Hope, dos Estados Unidos, onde o paciente vinha sendo tratado, e noticiado pelo Washington Post. Os pesquisadores destacaram, ainda, que é difícil falar em uma cura definitiva, mas o longo tempo de remissão já permitiu retirar a terapia antirretroviral da rotina do paciente. É o quarto caso de “cura” (entre aspas, é bom frisar) do HIV registrado no mundo.
Embora esse tipo de tratamento não vá ser disponibilizado em larga escala em um curto prazo, seu sucesso aumenta a perspectiva de que os médicos possam, um dia, usar a edição genética para recriar a mutação sanguínea (igual à do doador original) e curar pacientes do vírus que causa a AIDS.
“Este é um passo no longo caminho para a cura”, disse William Haseltine, ex-professor da Harvard Medical School, que fundou os departamentos de pesquisa de câncer e HIV/AIDS da universidade. Leia mais sobre o caso no Correio Braziliense.
Imagem: Seth Pincus, Elizabeth Fischer, Austin Athman/National Institute of Allergy and Infectious Diseases/NIH/AP | Reprodução The Washington Post