Nada menos que sete tipos de vírus que permaneceram por milhares de anos no solo congelado (permafrost) da Sibéria foram revividos. O mais novo ficou congelado por 27 mil anos, enquanto o mais velho permaneceu no gelo por 48,5 mil anos — tornando-o o vírus mais antigo ressuscitado até agora.
Mas por que não deixar os bichinhos quietos lá, sem incomodar ninguém? O objetivo era justamente identificar sua capacidade de infectar outros seres vivos e, a partir dos resultados, estabelecer formas de evitar que isso aconteça, se for o caso.
Os vírus ressuscitados pelo pesquisador Jean-Michel Claverie, da Universidade Aix-Marseille (França), somente infectam amebas, sem riscos de trazer prejuízos a humanos e animais. No entanto, a análise realizada permite observar perigos futuros para a humanidade.
Com o descongelamento de planícies provocado pelas mudanças climáticas, há um risco em potencial de que outros vírus adormecidos voltem a circular. É por isso que estudos do tipo são importantes e devem ser realizados com mais frequência nos próximos anos.
Foto: NASA/JPL-Caltech/Charles Miller | Reprodução New Scientist