Em artigo publicado no Washington Post durante a semana, a médica Shirlene Obuobi relatou comentários preconceituosos que as profissionais mulheres ouvem no dia a dia — de pacientes, enfermeiros e até mesmo de outros médicos.
“Recentemente, pedi a minhas colegas que compartilhassem algumas das críticas baseadas em gênero que receberam ao longo dos anos. Os pacientes comentaram sobre sua maquiagem e aparência. Os colegas de trabalho ofereceram conselhos não solicitados sobre o impacto das escolhas de carreira na família. Os pacientes presumiram que não eram médicas porque são mulheres. Uma médica me disse que ela foi criticada pelo tom de sua voz; outra por falar demais com seus pacientes”, relata Obuobi no texto.
Para a médica, esse tipo de comportamento agressivo baseado em gênero não se justifica na realidade dos fatos. Ela indica estudos que apontam justamente o contrário: elas são melhores profissionais que médicos homens. Uma das pesquisas citadas mostra como os desfechos clínicos de pacientes operados por cirurgiãs são melhores, por exemplo.
Obuobi ainda destaca outras agressões sofridas pelas médicas, especialmente assédio sexual. Leia mais detalhes no artigo do Washington Post (em inglês).
Ilustração: Reprodução The Washington Post