Não é “modo de falar”, não. Os cérebros dos adolescentes estadunidenses mudaram fisicamente durante a pandemia de Covid-19, envelhecendo mais rápido que o normal, diz um novo estudo divulgado durante a semana. A pesquisa é parte de um estudo maior, no qual sete cientistas da Universidade Stanford e da Universidade da Califórnia observaram as diferenças de gênero na depressão entre adolescentes.
Em 2014, foi estabelecido que exames de ressonância magnética de 220 crianças de 9 a 13 anos de idade seriam feitos a cada dois anos, como parte da pesquisa. Antes da pandemia começar, duas fases de exames foram concluídas, e a retomada só veio no final de 2020.
A partir das novas imagens, os pesquisadores conseguiram comparar os exames de ressonância magnética de 128 jovens — metade deles feitos antes da pandemia e a outra metade no final de 2020. Foi aí que veio a descoberta: as crianças e adolescentes que viveram o primeiro ano da pandemia tinham idades cerebrais superiores à sua idade cronológica.
Sabe-se que o cérebro de uma criança muda naturalmente ao longo do tempo, mas estudos já haviam identificado que essas alterações físicas podem acelerar quando uma pessoa passa por adversidades significativas na infância — como foi o caso da pandemia.
Leia o estudo na íntegra aqui (em inglês).
Foto: Reprodução Superinteressante