Um novo estudo epidemiológico traz evidências convincentes a respeito do papel do solvente químico tricloroetileno (TCE) no aumento do risco de desenvolver a doença de Parkinson. O distúrbio aflige cerca de 1 milhão de pessoas nos EUA, e é provavelmente a doença neurodegenerativa que mais cresce no mundo.
O relatório, publicado no começo da semana no JAMA Neurology e noticiado pela Science, examinou os registros médicos de dezenas de milhares de fuzileiros navais e veteranos da Marinha — especialmente dos que treinaram no Marine Corps Base Camp Lejeune, na Carolina do Norte, de 1975 a 1985.
Os fuzileiros expostos à água contaminada com TCE tinham um risco 70% maior de desenvolver a doença de Parkinson décadas depois, em comparação com veteranos que foram treinados em outras unidades.
O contingente de Camp Lejeune também apresentou taxas mais altas de sintomas como disfunção erétil e perda do olfato, que são os primeiros sinais do mal de Parkinson. A doença ainda causa tremores, problemas com movimentação, fala e equilíbrio e, em muitos casos, demência.
Imagem: Allen Breed/AP | Reprodução Science