Embora estudos anteriores tenham sido limitados na estimativa da contribuição do estresse para a aceleração do envelhecimento imunológico, uma nova pesquisa tem ajudado a esclarecer alguns pontos.
O estudo desenvolvido por pesquisadores de universidades da Califórnia utilizou uma amostra de 5.744 adultos norte-americanos com mais de 50 anos para avaliar a relação do estresse social (ou seja, discriminação cotidiana, traumas e estresse crônico, entre outros) com estimativas de citometria de fluxo de envelhecimento imunológico.
Na pesquisa, observou-se que vivenciar traumas e estresse crônico foi relacionado a uma menor porcentagem de células CD4+ virgens. A discriminação e o estresse crônico foram associados, ainda, a uma porcentagem maior de células CD4+ terminalmente diferenciadas. Eventos de vida estressantes, alta discriminação ao longo da vida e traumas foram relacionados a uma porcentagem menor de células CD8+ virgens.
Traduzindo: esses dados apontam que o estresse pode acelerar o envelhecimento imunológico. Apesar disso, os pesquisadores esclarecem que novos estudos ainda são necessários para caracterizar os efeitos do estresse em mudanças relacionadas à idade em outros tipos de células.
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