Após 13 anos de tratamento contra o câncer, prestes a entrar em fase terminal e de cuidados paliativos, o publicitário Paulo Peregrino (à direita na foto) se deparou com uma esperança: o tratamento com CAR-T Cell, terapia que consiste no combate à doença a partir das próprias células de defesa do paciente alteradas em laboratório.
Um mês depois, Paulo entrava em fase de remissão da doença. A história foi divulgada durante a semana em diversos veículos de imprensa brasileiros.
O estudo foi viabilizado a partir de verbas estaduais (como as da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo — Fapesp) e federais (via Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico — CNPq).
Além de Paulo, outros 13 pacientes já se submeteram ao tratamento inovador. Destes, 69% tiveram remissão completa do câncer em 30 dias, e todos tiveram remissão de pelo menos 60% dos tumores, segundo o G1.
A terapia é recomendada para três tipos da doença: além do linfoma não Hodgkin de células B, a leucemia linfoblástica B e o mieloma múltiplo também podem ser tratados com CAR-T Cell.
Ainda de acordo com a reportagem, 75 pacientes devem ser tratados com o CAR-T Cell no país com verba pública, após autorização da Anvisa para o estudo clínico, no segundo semestre. “Atualmente, o tratamento só existe na rede privada brasileira, ao custo de ao menos R$ 2 milhões por pessoa”, finaliza a matéria.
Foto: Arquivo pessoal — Paulo Peregrino | Reprodução G1