A PEC 10/2022, que autoriza a venda de plasma humano, foi aprovada na quarta-feira (4) na Comissão de Cidadania e Justiça (CCJ) do Senado Federal. O objetivo é permitir que o plasma, um dos componentes do sangue, seja usado para o desenvolvimento de novas tecnologias e medicamentos, informa o site Poder 360.
O texto altera a Constituição Federal, que veta a comercialização de tecidos, órgãos e substâncias de origem humana. O plenário do Senado receberá a proposta para votação e, caso aprovada, a PEC será encaminhada à Câmara dos Deputados.
“Pessoas doentes que precisam da imunoglobulina, que custa R$ 3.500 cada ampola, tem que se socorrer do SUS (…) E aí o que o Brasil faz para conseguir o remédio? O Brasil importa, ele gasta mais e gasta mal”, defende o texto.
A Fiocruz se manifestou contra a iniciativa. “A aprovação da PEC pode causar sérios riscos à Rede de Serviços Hemoterápicos do Brasil e ao Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Hemoderivados. A comercialização de plasma pode trazer impacto negativo nas doações voluntárias de sangue”, afirmou a Fundação em comunicado.
Foto: Marcello Casal Jr. | Reprodução Agência Brasil