Em 2004, um grupo de pesquisadores britânicos do John Innes Centre pensou em criar um tomate rico em antocianinas, pigmentos vegetais ricos em antioxidantes, comumente encontrados na amora e no mirtilo.
Quase 20 anos depois dos primeiros experimentos, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos autorizou o plantio e o cultivo deste novo tipo de tomate roxo.
Mas qual a história por trás desses dois fatos? Para chegar ao tom arroxeado do tomate, o time de pesquisadores do Reino Unido adicionou à “receita” dois genes da flor snapdragon (também chamada de “crânio de dragão”), que ativam a produção de antocianinas.
Além disso, a equipe cruzou os primeiros tomates roxos colhidos com outras variedades. O objetivo era torná-los maiores e mais saborosos do que o pequeno fruto desenvolvido originalmente.
Diferentemente das alterações genéticas vistas na agricultura, que costumam visar benefícios aos produtores, essa mudança tem foco nos consumidores, especialmente aqueles interessados em potenciais benefícios à saúde. “As pessoas querem alimentos mais nutritivos e excitantes”, diz Bárbara Blanco-Ulate, bióloga de frutas e professora da Universidade da Califórnia.
E você, provaria o tomate roxo? Saiba mais detalhes na reportagem da Wired (em inglês).
Foto: Norfolk Plant Sciences | Reprodução Wired