As guias SADT são bastante complexas e demandam uma série de dados, que devem ser preenchidos com bastante atenção pelos profissionais de saúde. No entanto, nem todos os campos são obrigatórios. Aqueles que precisam ser preenchidos, porém, devem contar com dados precisos, para evitar que o paciente tenha dificuldades na realização de procedimentos.
Neste artigo, trazemos detalhes sobre a SADT, os campos essenciais para preenchimento da guia e as vantagens de fazer isso com o suporte de um prontuário eletrônico.
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O que é SADT?
SADT significa Serviço de Apoio Diagnóstico Terapêutico (ou ainda Serviço de Apoio à Diagnose e Terapia). Trata-se de uma prestação de serviço com foco em auxiliar no diagnóstico de um paciente. Isso é feito a partir de recursos de uma fonte financiadora, que pode ser o próprio Sistema Único de Saúde (SUS), um convênio/plano de saúde ou, até mesmo, um financiamento particular.
Por meio do SADT, podem ser solicitados exames complementares, tanto na atenção primária quanto em atendimento especializado. No entanto, é fundamental preencher corretamente a guia SADT, um documento que é enviado à fonte financiadora para informá-la sobre os procedimentos a serem realizados.
A guia SADT deve seguir o padrão das guias TISS (Troca de Informação em Saúde Suplementar), modelos formais e obrigatórios de representação e descrição documental da Agência Nacional de Saúde (ANS). Afinal, a saúde tem um ganho significativo quando todos “falam a mesma língua”, o que nem sempre é algo fácil de alcançar.
Outras guias do padrão TISS são as de consulta, de solicitação e de resumo de internação, de honorário individual e de outras despesas, por exemplo.
Como funciona a guia SADT?
A guia SADT geralmente funciona por meio de um sistema informatizado — como o próprio prontuário eletrônico. Ali o profissional de saúde deve registrar os dados referentes ao caráter do atendimento (eletivo ou urgência), o tipo de procedimento a ser realizado (bem como suas quantidades), além de números de documentos, guias e códigos, entre outros.
Esse preenchimento pode ocorrer na própria plataforma escolhida ou, ainda, a partir de uma guia SADT impressa em branco, para que os campos sejam completados à mão.
Quem deve preencher a guia SADT? O paciente ou o profissional de saúde?
A guia SADT é um documento que deve ser preenchido por profissionais de saúde. Dados opcionais podem ser deixados em branco ou questionados ao paciente. Mas a responsabilidade é sempre do profissional — até porque a guia deve conter seu carimbo e sua assinatura.
10 itens que não podem faltar na guia SADT
A guia SADT conta com uma série de campos a serem preenchidos. Embora, idealmente, o documento deva ser o mais completo possível, alguns itens são obrigatórios, enquanto outros são opcionais. Ou seja, há alguns campos que podem ser deixados em branco, caso o profissional de saúde não tenha acesso à informação ou ela não seja relevante no contexto.
No entanto, é fundamental que a guia tenha seus itens obrigatórios corretamente preenchidos. Fique atento ao checklist dos campos indispensáveis na guia SADT!
1. Dados introdutórios
Entre os dados introdutórios da guia SADT estão o registro da operadora na ANS, número da guia, data de emissão por parte do plano de saúde, número da carteira e nome do plano.
2. Informações do beneficiário
Após a introdução, o profissional de saúde deve preencher os dados pessoais do paciente. Nome completo, registro geral (RG), Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e endereço são alguns dos dados necessários. É preciso ter muito cuidado com o vazamento dessas informações, o que é passível de sanções pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
3. Dados do solicitante
Na etapa seguinte, é hora de incluir os dados do profissional de saúde que está solicitando o serviço. Desde a sigla do conselho profissional — CRM, no caso dos médicos — até a unidade federativa onde atua.
4. Tipo de solicitação
O tipo ou caráter da solicitação também deve ser preenchido na guia SADT. Basta escolher a letra “E” para atendimento eletivo e a letra “U” para procedimento de urgência ou emergência.
5. Indicação, descrição e quantidade de procedimentos
É necessário, ainda, ser bastante detalhado na indicação clínica e na descrição dos procedimentos a serem realizados. Erros ou falta de informações podem dificultar a conclusão do processo.
A quantidade de procedimentos também é um dado essencial a ser incluído na guia SADT, da mesma forma que o número de vezes que esses procedimentos devem ocorrer.
6. Informações da empresa contratada
Os dados da empresa onde o paciente realizará os procedimentos também devem ficar registrados na guia SADT. É preciso informar o número do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), além do número e da sigla do conselho profissional do médico envolvido e da unidade federativa da empresa.
7. Código de atendimento
O Código de Atendimento nada mais é do que o tipo de procedimento pelo qual o paciente passará. É preciso incluir esses dados na guia SADT, conforme o padrão a seguir:
- “1” para remoção;
- “2” para pequena cirurgia;
- “3” para terapia;
- “4” para consulta;
- “5” para exame;
- “6” para atendimento domiciliar;
- “7” para SADT internado;
- “8” para quimioterapia;
- “9” para radioterapia;
- “10” para Terapia Renal Substitutiva (TRS).
8. Código de saída
Para finalizar os procedimentos, é necessário preencher o Código de Saída. É dessa forma que se dá o controle pela empresa que realiza o serviço de apoio ao diagnóstico ou terapia. Confira os códigos para cada modalidade:
- “1” para retorno;
- “2” para retorno com SADT;
- “3” para referência;
- “4” para internação;
- “5” para alta;
- “6” para óbito.
9. Data de execução do procedimento
A data em que o procedimento irá ocorrer também deve constar da guia SADT. É preciso conciliar a disponibilidade do paciente com a da empresa que prestará o serviço.
10. Custos do procedimento
Por fim, os custos do procedimento são outro item indispensável no preenchimento da guia SADT. A transparência é fundamental — em caso de mais de um procedimento, é preciso discriminar os valores de cada um.
Guia SADT no prontuário eletrônico
A guia SADT pode ser preenchida em um prontuário eletrônico que conte com essa funcionalidade. Entre as vantagens estão o acesso à guia na mesma plataforma em que os demais dados do paciente estão (incluindo a ficha de anamnese) e a visualização da guia de qualquer lugar com acesso à internet (para plataformas com dados na nuvem).
Outro benefício é contar com segurança no padrão exigido pela LGPD, desde que o prontuário tenha recursos de criptografia e proteção comparável a de sistemas bancários, como o Prontmed Hub. A geração de lotes de faturamento no padrão TISS e o gerenciamento de lotes são outras vantagens de contar com a guia SADT no prontuário digital. A integração da guia com a agenda e a impressão de guias em branco ou já preenchidas também são recursos disponíveis.
Chegamos ao fim do artigo sobre os passos indispensáveis no preenchimento da guia SADT. Esperamos ter esclarecido, ainda, como o prontuário eletrônico pode ajudar nesse processo. E você, como realiza o preenchimento das guias no dia a dia?
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