Classificação da hipertensão arterial sistêmica: como diagnosticar a pressão alta e qual o papel da tecnologia?

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Classificação da hipertensão arterial sistêmica: como diagnosticar com tecnologia
Saiba mais detalhes sobre a classificação da hipertensão arterial sistêmica (HAS) e o papel da tecnologia no diagnóstico dos pacientes.

Sumário

A classificação da hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um suporte importante para os médicos avaliarem a saúde de seus pacientes e fazerem um diagnóstico mais preciso no tratamento de doenças cardiovasculares.

Por isso, elaborar maneiras de facilitar o diagnóstico dessas doenças — que costumam começar com um quadro não detectado de hipertensão, uma condição que praticamente não tem sintomas perceptíveis — é fundamental.

Neste artigo, vamos detalhar o assunto e apresentar o Prontmed Hub, o prontuário eletrônico da Prontmed que conta com ferramentas que auxiliam os profissionais de saúde a combater a doença com a visualização da classificação da hipertensão arterial.

Saiba mais no texto a seguir!

O cenário da hipertensão no Brasil

Sabe-se que a hipertensão é considerada uma das principais causas subjacentes de morte no Brasil e no mundo — ou seja, ela não faz com que uma pessoa deixe de viver de forma direta, mas sim por sua associação às doenças cardiovasculares e outras mazelas relacionadas.

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), por exemplo, é a segunda causa de mortes no país. Até 21 de outubro de 2022, o cardiômetro da Sociedade Brasileira de Cardiologia apontava nada menos que 324.810 mortes por doenças cardiovasculares em todo o território nacional somente nos 10 meses anteriores.

Em 2020, o Departamento de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia (DHA-SBC), a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) e a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) definiram as novas diretrizes brasileiras para tratar do assunto, com algumas diferenças em relação às recomendações feitas pela American Heart Association (AHA) e pela American College of Cardiology (ACC), dos Estados Unidos, em 2017.

Pressão sistólica e diastólica: as diferenças entre elas e como medi-las

A medida da pressão arterial se dá a partir da relação entre a pressão arterial sistólica (PAS) e a pressão arterial diastólica (PAD). Enquanto a primeira se refere à pressão máxima observada quando o coração se contrai — com o objetivo de impulsionar o sangue para que chegue às artérias —, a segunda está relacionada à pressão mínima, quando o órgão precisa se adaptar ao menor volume de sangue na região após dar o referido impulso.

Essa é a principal técnica para o diagnóstico da doença hipertensiva e é um exame acessível e barato, principalmente se for colocado na balança o impacto que a doença tem na vida das pessoas.

Em diferentes fases da vida, tanto a pressão sistólica quanto a diastólica podem apresentar aumento nos valores medidos, mas é fundamental monitorá-las em consultório, de forma que possam ser controladas, caso necessário.

Como fazer a medição correta da pressão arterial?

A medição da pressão arterial é um passo fundamental para diagnosticar a hipertensão e outras doenças cardiovasculares. No entanto, há alguns pontos que não podem deixar de ser observados durante o procedimento.

O ideal é que a pressão seja medida, pelo menos, três vezes ao longo de uma consulta, com intervalo de um minuto entre cada medição. Na primeira, os dois braços devem ser verificados, já que podem ocorrer diferenças nos valores encontrados em cada um. A dica aqui é usar a medida de maior valor como referência e continuar aferindo a pressão no mesmo braço nas medições seguintes — a média das duas últimas checagens deve ser considerada a verdadeira pressão arterial do paciente.

Caso as diferenças entre as medidas de cada braço sejam superiores a 20/10 mmHg para as pressões sistólica e diastólica, é fundamental investigar a presença de doenças arteriais no paciente.

Outro detalhe importante: caso o médico suspeite de hipertensão arterial secundária à coartação da aorta, os membros inferiores também devem passar por uma checagem de pressão. Aqui, manguitos adequados à circunferência da coxa devem ser usados.

Há uma série de outras variações de exames recomendadas pelas autoridades de saúde, dependendo da ocorrência de doenças preexistentes no paciente, como a diabetes e a obesidade, por exemplo. Pacientes idosos também precisam ser avaliados com cuidados extras, afirmam as diretrizes brasileiras publicadas em 2020.

Não se pode esquecer, ainda, da “hipertensão de jaleco branco”, situação em que o paciente apresenta alterações pressóricas por estar na presença de um médico. Também é importante citar a importância que o diagnóstico da HAS e a sua correta medição ganhou nos últimos tempos, em consequência do novo coronavírus, já que o risco de pacientes hipertensos ou com doenças cardiovasculares desenvolverem a forma grave da doença é enorme. Por este motivo, inclusive, a hipertensão entrou na lista de comorbidades do Ministério da Saúde.

Tabela de classificação da hipertensão arterial sistêmica (HAS)

A HAS pode ser classificada como “Ótima”, “Normal”, “Pré-hipertensão” ou “Hipertensão Arterial” nos estágios 1, 2 e 3. Veja na tabela quais os valores atualizados para cada uma delas, de acordo com as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial 2020.

ClassificaçãoPAS (mHg)PAD (mmHg)
PA ótima< 120e< 80
PA normal120-129e/ou80-84
Pré-hipertensão130-139e/ou85-89
HA Estágio 1140-159e/ou90-99
HA Estágio 2160-179e/ou100-109
HA Estágio 3≥ 180e/ou≥ 110
Fonte: Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial 2020

O papel do Suporte à Decisão Clínica no tratamento da HAS

Como vimos até aqui, não só a classificação da hipertensão arterial sistêmica (HAS) como também os diferentes procedimentos necessários em cada caso (levando em conta idade ou condições gerais de saúde dos pacientes) podem exigir ações específicas por parte dos profissionais de saúde.

Cada vez mais, a tecnologia tem demonstrado ser uma aliada importante dos médicos, seja no tratamento de doenças cardiovasculares, seja nas recomendações que eles darão aos seus pacientes hipertensos que já tenham desenvolvido outras enfermidades. Isso é ótimo, pois as máquinas têm condições de armazenar uma grande quantidade de dados e de relacioná-los de forma inteligente. O objetivo é facilitar a vida do profissional de saúde e dar o suporte necessário para que ele chegue ao melhor diagnóstico.

Ferramentas de Suporte à Decisão Clínica são um bom exemplo de tecnologia capaz de fornecer recomendações de diagnóstico, tratamentos, exames e demais maneiras de ajudar os pacientes em tempo real, durante a consulta. Integradas a um prontuário eletrônico, como o Prontmed Hub, esses sistemas tornam o encontro com o paciente mais prático e rápido, já que a partir dos dados clínicos inseridos pelo médico no prontuário, dicas e recomendações são sugeridas automaticamente. É muito mais agilidade e segurança na hora de dar o diagnóstico!

Qual a relação entre o Prontmed Hub e a classificação da hipertensão arterial sistêmica?

O Prontmed Hub conta com um template dedicado aos profissionais de cardiologia, com funcionalidades específicas para o atendimento a pacientes com hipertensão e outras doenças cardíacas. O software médico também disponibiliza um prontuário específico para cirurgia cardiovascular.

Veja algumas das funcionalidades do template de cardiologia do Prontmed Hub:

  • exame físico cardiológico — essencial numa consulta da especialidade, ajuda o profissional a avaliar o funcionamento cardiovascular e sinais de problemas no coração;
  • escalas médicas específicas da cardiologia — disponibilidade de uma série de escalas que ajudam na classificação da hipertensão arterial sistêmica, como CHA2DS2VASc (para avaliação do risco de embolia), Framingham (que avalia o risco de doença cardiovascular e acidente vascular cerebral — AVC), Has-bled (que mede o risco de hemorragia grave em pacientes com fibrilação atrial no período de 1 ano), o Escore Lee-Vasc (para classificação do risco de complicações cardíacas maiores), o Escore Índice de Risco Cardíaco Revisado — LEE, (que classifica o risco de complicações cardíacas maiores) e Caprini.

Além das escalas específicas da cardiologia, é possível utilizar outras classificações (como a escala de geriatria, por exemplo, caso o cardiologista esteja atendendo um paciente idoso).

Esperamos que nosso post tenha ajudado a esclarecer alguns detalhes a respeito da importância de aferir corretamente a pressão arterial. Fique à vontade para consultar a classificação da hipertensão arterial sistêmica (HAS) sempre que achar necessário — e não esqueça do papel importante que a tecnologia vem desempenhando para facilitar o diagnóstico de pacientes com histórico de doenças cardiovasculares ou outras condições relacionadas.

Ficou interessado em saber mais a respeito do Prontmed Hub? Entre em contato com nosso time para receber mais informações!

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