Dezembro Vermelho: saiba por que é tão importante se engajar na campanha!

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Dezembro Vermelho: saiba por que é tão importante se engajar na causa
O Dezembro Vermelho foi oficializado como uma campanha nacional de prevenção ao HIV e à AIDS em 2017, a partir da Lei 13.504. Saiba mais!

Sumário

Embora a ciência tenha alcançado um elevado patamar no que diz respeito aos tratamentos e à qualidade de vida de pessoas soropositivas, ainda é preciso olhar para a disseminação do HIV com muito cuidado. É com a intenção de conscientizar a população sobre o assunto que surgiu o Dezembro Vermelho.

Dados do National AIDS Trust, do Reino Unido, revelam que existem aproximadamente 38 milhões de pessoas infectadas com o HIV em todo o mundo. Desde o surgimento da doença, nos anos 1980, mais de 35 milhões de vidas foram perdidas por causas relacionadas ao vírus. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, apenas em 2020, mais de 680 mil pacientes morreram em decorrência da AIDS e 1,5 milhão de pessoas foram infectadas com o HIV.

De acordo com o Boletim Epidemiológico HIV/AIDS 2020, do Ministério da Saúde, 41.909 novos casos de infecção por HIV e 37.308 casos de AIDS foram registrados no Brasil em 2019. No mesmo ano, 10.565 mortes foram registradas como relacionadas à doença no país. Apesar de os casos de AIDS estarem em declínio, estima-se que 920 mil brasileiros convivam com a doença. Além disso, estudo da Fiocruz avalia que as políticas nacionais de combate à AIDS, que antes eram referência, passam por retrocesso.

Por isso, o Dezembro Vermelho continua uma data muito relevante, e a participação dos profissionais de saúde é essencial para alertar os pacientes para os riscos da infecção pelo HIV. Neste artigo, falamos mais sobre a origem da data, como ajudar na prevenção da doença e como se engajar na campanha.

Comece a ler agora mesmo!

Qual a origem do Dezembro Vermelho?

O Dezembro Vermelho foi oficializado como uma campanha nacional de prevenção ao HIV e à AIDS em 2017, a partir da promulgação da Lei 13.504. A iniciativa também tem foco em outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e é formada por um conjunto de atividades e mobilizações que ocorrem ao longo do mês de dezembro em todo o Brasil.

No Dezembro Vermelho, a lei estabelece a realização de atividades como:

  • iluminação de prédios públicos com luzes de cor vermelha;
  • promoção de palestras e atividades educativas;
  • veiculação de campanhas de mídia;
  • realização de eventos.

Dia Mundial de Luta Contra a AIDS foi precursor do Dezembro Vermelho

A escolha do último mês do ano para chamar a atenção em relação ao assunto se deu em função de 1º de dezembro ser o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1988, e é considerada a primeira a ser criada no mundo direcionada ao combate a uma doença. O apoio da ONU foi fundamental para o aumento da visibilidade em relação ao tema.

Como estimular a prevenção ao HIV e outras DSTs?

O foco do Dezembro Vermelho é na prevenção ao HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Por isso, seja qual for a especialidade médica, é importante que os profissionais de saúde tenham essas recomendações na ponta da língua para orientar seus pacientes.

Confira as dicas!

Oriente e distribua preservativos

Uma das formas de contrair o HIV, vírus causador da AIDS, é por meio de relações sexuais desprotegidas. Por isso, orientar pacientes que não tenham conhecimento do assunto — e, se possível, até mesmo distribuir gratuitamente preservativos no consultório ou clínica, especialmente para pacientes de baixa renda — é fundamental.

Também é importante esclarecer a respeito da importância da identificação rápida da infecção, caso a pessoa tenha contato com o vírus. Inclusive, o SUS conta com espaços para acolhimento desses pacientes e realização de testes. Sempre que necessário, a profilaxia com tratamento medicamentoso já é iniciada.

Aborde o risco do uso de seringas compartilhadas

O uso de uma mesma seringa por mais de uma pessoa também é um dos principais fatores de risco para contrair o HIV. Profissionais de saúde devem abordar o assunto com seus pacientes sempre que acharem necessário, principalmente aqueles que tratam usuários de drogas injetáveis em recuperação.

Faça o acompanhamento de pacientes gestantes soropositivas

Gestantes que tenham contraído o vírus HIV podem transmiti-lo ao feto, seja durante a gravidez, na hora do parto ou por meio da amamentação. Isso pode ser evitado ou ter suas chances reduzidas com tratamentos específicos. Oferecer suporte e orientações a essas pacientes, sempre que tiver uma delas sob seus cuidados, é fundamental.

Recomende e monitore a vacinação dos pacientes soropositivos

O HIV afeta as células T CD4, responsáveis pelas defesas do organismo. Isso compromete o sistema imunológico, deixando pacientes soropositivos mais suscetíveis a outras doenças, além da AIDS. As chances de desenvolver hepatite aguda aumentam 370 vezes, por exemplo.

Por isso, manter a caderneta de vacinação em dia é ainda mais importante para quem já contraiu o HIV. Afinal, as vacinas estimulam a produção de anticorpos, que ajudam o sistema imunológico a se proteger de doenças — ou, pelo menos, a enfraquecê-las. É fundamental acompanhar o Calendário de Vacinação de Pessoas Especiais, da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM).

De que forma o prontuário digital ajuda no manejo do paciente com HIV?

Assim como no acompanhamento das condições de saúde de pacientes que têm outras doenças, manter um registro completo e atualizado dos dados clínicos se torna mais fácil com o suporte da tecnologia.

O prontuário eletrônico é uma plataforma que também faz a diferença tanto na prevenção à doença quanto no tratamento de pacientes com HIV. Entenda por quê:

  • possibilidade de inclusão de uma variada gama de dados clínicos dos pacientes, com acompanhamento mais simples e ágil: sintomas, tratamentos, medicamentos utilizados, comorbidades, resultados de exames, entre outros;
  • histórico de fácil acesso e visualização;
  • dados integrados em um só local, com acesso a qualquer hora, em qualquer lugar — desde que o prontuário eletrônico mantenha esses dados na nuvem;
  • integração com laboratórios, que facilita a solicitação e o acompanhamento de exames;
  • doenças e medicamentos catalogados, dando uma visão mais ampla da saúde do paciente;
  • sistemas de suporte à decisão clínica, que emitem “alertas” durante a consulta e facilitam a definição de um diagnóstico e tratamento.

4 dicas para profissionais de saúde se engajarem na campanha

Além de usar a tecnologia e orientar corretamente os pacientes no dia a dia, há outras formas de ajudar no combate à AIDS. Especialmente durante o Dezembro Vermelho, dá para fazer um pouquinho mais do que no resto do ano.

Veja algumas dicas para participar da campanha!

1. Use — e, se possível, distribua — o laço vermelho

Assim como os laços do Outubro Rosa e do Novembro Azul, o Dezembro Vermelho também conta com o seu símbolo no combate ao HIV. Usar o laço no jaleco durante o mês de conscientização a respeito do vírus é uma ótima forma de se engajar na campanha.

Contar com laços para serem distribuídos na clínica ou consultório também é importante, para ajudar a aumentar ainda mais a visibilidade a respeito do tema.

2. Decore o consultório com as cores da campanha

Além do uso do laço, decorar o consultório ou clínica com as cores da campanha também é uma forma de aumentar a conscientização sobre o assunto. Pode parecer uma bobagem, mas a verdade é que as pessoas são estimuladas visualmente e podem até ficar sabendo da existência do Dezembro Vermelho por causa de um balão, de uma iluminação especial ou outro recurso.

3. Informe seu público, tanto presencialmente quanto nas redes sociais

Produzir conteúdo relevante sobre o tema pode ser mais uma forma de se engajar no Dezembro Vermelho. Como profissional de saúde, é preciso entender que as pessoas ouvem o que os especialistas têm a dizer. Então, por que não tirar proveito dessa credibilidade?

Tanto durante as consultas, como também nas redes sociais, por meio de podcasts, vídeos ou textos publicados online, é importante ajudar a desmistificar a doença e esclarecer o que é mito e o que é verdade na prevenção ao HIV.

Criar campanhas informativas, com conteúdos para serem distribuídos pela internet ou, até mesmo, em materiais impressos, é uma forma bastante atrativa e prática de abordar o assunto e quebrar tabus. A própria ONU conta com materiais específicos sobre o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, porém eles não estão disponíveis em português. Ainda assim, podem servir de inspiração para suas criações. Clique aqui para ver.

4. Participe de eventos vinculados ao Dezembro Vermelho

Uma série de eventos a respeito da prevenção ao HIV e outras DSTs costumam ocorrer durante o último mês do ano. Se for convidado a participar de um, aceite o desafio! Caso o convite não surja, você mesmo pode promover uma ação espontânea. A realização de lives via internet são uma boa chance de se expor positivamente para um público maior e ajudar na causa.

Embora em declínio no Brasil, a infecção pelo HIV e seu agravamento para AIDS ainda são problemas a serem combatidos por toda a sociedade. E os números só terão uma queda mais acentuada com a conscientização e o envolvimento de todos. É para isso que o Dezembro Vermelho surgiu: servir como uma forma de atrair atenção para a causa. Mas a data, por si só, não resolve nada. É preciso que as pessoas façam a sua parte.

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