Escala de risco cardiovascular: quais os principais fatores a serem considerados?

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Escala de risco cardiovascular: quais os principais fatores a serem considerados?
Identificar os principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares é uma prática médica de grande relevância. Veja como a tecnologia vem desempenhando um papel cada vez mais importante na sua detecção e prevenção.

Sumário

Sabe-se que a hipertensão é um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares — inclusive, já falamos sobre isso em outro artigo aqui mesmo, no nosso blog. Porém, ela não é a única responsável por esses problemas de saúde na população, já que há outras doenças que podem estar relacionadas ao bem-estar cardíaco. Para fazer esse acompanhamento, os profissionais de saúde têm à sua disposição a escala de risco cardiovascular.

Com essa ferramenta, os médicos e outros especialistas em saúde podem prevenir problemas cardiovasculares em seus pacientes e, inclusive, ajudar a diminuir as taxas de óbito em função delas — a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) aponta essas doenças como as principais causas de morte no mundo.

Assim, identificar os principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares se torna uma prática médica de grande relevância, dando à população a oportunidade de evitar que elas afetem a sua saúde.

A seguir, destacamos os principais fatores responsáveis por aumento do risco cardiovascular e contamos como a tecnologia vem desempenhando um papel cada vez mais importante na detecção e prevenção dessas doenças em pacientes. Boa leitura!

6 fatores de risco para doenças cardiovasculares

De acordo com artigo da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), a doença isquêmica do coração e o acidente vascular cerebral são, respectivamente, as principais causas de mortalidade no mundo — por ano, estima-se que mais de 15 milhões de pessoas venham a óbito em função dessas e outras doenças cardiovasculares. No Brasil, são aproximadamente 360 mil casos anuais.

Para quantificar este risco e auxiliar o médico na tomada de decisão, foi criada a escala de risco cardiovascular, ferramenta usada para monitorar outras enfermidades dos pacientes que potencializam as chances de desenvolver esse tipo de problema. Acompanhe as principais!

1. Diabetes mellitus

O diabetes mellitus é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. O problema pode se tornar ainda maior em função do alto índice de pacientes não diagnosticados, especialmente no Brasil. De acordo com o “Mapeamento Político da Saúde no Brasil com Foco em Diabetes e Doenças Cardiovasculares” (2018), de Cristina Câmara, doutora em Ciências Humanas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, há uma estimativa de que 12,5 milhões de pessoas, na faixa etária de 20 a 79 anos, tenham diabetes mellitus no país, mas cerca de 50% delas ainda não foram identificadas.

Para a autora, “o fato de existirem casos com demora no diagnóstico e a associação frequente do diabetes com outros fatores de risco cardiovascular, como a hipertensão arterial sistêmica, aumentam a probabilidade do aparecimento de complicações”. Assim, o diagnóstico preciso da diabetes mellitus e o acompanhamento médico frequente por meio de exames que detectem doenças cardiovasculares nesses pacientes torna-se fundamental.

2. Hipertensão arterial sistêmica (HAS)

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é mais um fator de risco para doenças cardiovasculares. Para fazer o acompanhamento da saúde de seus pacientes, os profissionais de saúde utilizam a classificação da HAS como forma de monitorar os índices e tratar os casos em que a hipertensão arterial se apresenta.

As Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial definem três estágios da doença (leve, moderada e grave), além de fases em que o paciente ainda é considerado saudável (pressão arterial “ótima” e “normal”) e um estágio de atenção, chamado de pré-hipertensão.

3. Doença renal crônica

O Ministério da Saúde define as doenças renais crônicas como “alterações heterogêneas que afetam tanto a estrutura quanto a função renal”. Elas têm causas e fatores de risco variados, e se tornam perigosas justamente porque, além de apresentarem um curso prolongado e evolução assintomática, podem se tornar graves. Essas características fazem com que o diagnóstico, muitas vezes, ocorra de forma tardia.

A doença renal crônica aumenta o risco cardiovascular em portadores de síndrome metabólica, ao mesmo tempo em que pode ser causada pelas doenças que compõem a síndrome. Por isso, o acompanhamento da função renal é muito importante.

4. Lesão em órgão-alvo

Os órgãos-alvo são coração, cérebro, rim, olhos e vasos arteriais, e suas lesões podem incluir, dentre outras:

  • dissecção da aorta;
  • encefalopatia hipertensiva;
  • isquemia miocárdica;
  • insuficiência renal;
  • insuficiência cardíaca;
  • pré-eclâmpsia e eclâmpsia.

Sua associação às doenças cardiovasculares é um risco a mais ao paciente, já que emergências hipertensivas podem levar a problemas renais e neurológicos, além de agravar a condição do próprio sistema cardiovascular. 

5. Doença aterosclerótica

A aterosclerose forma placas nas artérias (muitas vezes de gordura), que impossibilitam a passagem do sangue. Se a localização das placas for na circulação cerebral, suas consequências podem variar de ataques isquêmicos transitórios a acidente vascular cerebral isquêmico e hemorrágico, este último sendo um caso mais grave que pode levar à morte.

Por outro lado, a aterosclerose também pode causar danos a vasos sanguíneos periféricos. As chamadas doenças arteriais periféricas levam à restrição de movimentos pelos pacientes devido ao incômodo local, até a necessidade de correção cirúrgica para liberar a passagem de sangue pelo local.

6. Tabagismo, alcoolismo, sedentarismo e obesidade

O alto consumo de cigarros e bebidas alcoólicas — em conjunto ou separadamente —, bem como a obesidade e o sedentarismo, também são considerados fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Por isso, manter bons hábitos alimentares, a prática frequente de exercícios e, é claro, evitar o cigarro e consumir bebidas alcoólicas com moderação, é essencial para evitar o desenvolvimento de problemas de saúde.

Sistemas de Suporte à Decisão Clínica facilitam o cálculo do risco cardiovascular

Agora, todo profissional de saúde que lida com estes pacientes sabe o quanto é difícil manejar todos os aspectos que discutimos aqui. É aí que a tecnologia entra como importante ferramenta para auxiliar os profissionais de saúde a, cada vez mais, oferecer um atendimento completo e um diagnóstico preciso.

Os Sistemas de Suporte à Decisão Clínica permitem verificar, de forma automatizada, enquanto o médico insere os dados no prontuário eletrônico, sintomas e doenças preexistentes, quais os exames necessários, os tratamentos recomendados e os possíveis diagnósticos deste paciente.

Isso é muito útil no caso das doenças cardiovasculares, que têm correlação com uma série de outros problemas de saúde. À medida que o profissional de saúde preenche o formulário, o sistema — a partir de uma base de dados clínicos segura, atualizada e repleta de informações — sugere caminhos para o tratamento do paciente. Isso facilita demais a vida dos médicos e traz ainda mais segurança e confiabilidade a quem busca seus serviços, pois essas ferramentas se baseiam em conteúdo médico.

Um dos Sistemas de Suporte à Decisão Clínica mais usados para verificar o risco cardiovascular são calculadoras que ajudam os profissionais de saúde a rapidamente avaliarem o quão alta é a probabilidade de um paciente ter ou não um episódio relacionado a alguma das doenças listadas na escala de risco cardiovascular ou, até mesmo, um agravamento de seu quadro. A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), por exemplo, disponibiliza uma calculadora de estratificação de risco cardiovascular.

Esperamos que nosso artigo tenha ajudado a esclarecer quais os principais fatores a serem considerados na escala de risco cardiovascular e como a tecnologia pode ajudar profissionais de saúde a atenderem seus pacientes com mais agilidade.

Quer saber mais sobre os Sistemas de Suporte à Decisão Clínica? Clique aqui e confira nosso artigo sobre o assunto!

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