A interoperabilidade é um conceito que pode ser aplicado em diversas áreas, mas que vem ganhando cada vez mais espaço na saúde. Afinal, os dados têm demonstrado seu poder tanto no tratamento de pacientes quanto na gestão da saúde populacional. E a capacidade de transportar esses dados entre diferentes sistemas — princípio fundamental da interoperabilidade — é algo a ser perseguido.
Embora ainda exista um longo caminho pela frente, cada vez mais sistemas e instituições de saúde vêm observando a importância do tema, e fazendo os investimentos necessários para colocar a interoperabilidade em prática.
Neste artigo, falamos um pouco mais sobre o conceito de interoperabilidade e suas dimensões, as vantagens e impactos que a ideia traz para a vida dos profissionais e empresas de saúde, e como o Prontmed Hub é um produto capaz de dialogar e se integrar com diversos outros sistemas.
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Afinal, como é definida a interoperabilidade em saúde?
A interoperabilidade em saúde pode ser definida como a capacidade dos dados fluírem com segurança de um lugar para outro, de acordo com sua necessidade — seja para atendimento por parte de profissionais da área ou para uso pessoal do paciente.
Mas ainda há muito trabalho a ser feito para o sistema de saúde chegar a uma condição totalmente interoperável. Pelo menos é nisso que acredita o Dr. Blackford Middleton, Chief Medical Officer na plataforma de dados científicos Closedloop.ai, de acordo com entrevista concedida por ele ao Healthtech IT News em 2021.
“A verdadeira interoperabilidade de dados implica interoperabilidade sintática e semântica. Simplificando, a interoperabilidade sintática refere-se à capacidade de mover dados de um prontuário eletrônico para outro, por exemplo, usando um método de transporte comum”, explicou o especialista na ocasião.
Middleton usa a metáfora da carta enviada pelos correios. Se, por um lado, é possível saber que ela irá de um ponto A para um ponto B, por outro, não dá para garantir que seu conteúdo será lido. “Mas temos um formato comum de envelope, etiqueta de endereço etc. Quando acrescentamos a noção de interoperabilidade semântica, não apenas recebemos a carta, mas podemos entender o significado de seu conteúdo. As informações dentro da carta são representadas usando uma linguagem comum, para que possamos entender o significado do conteúdo”, complementa.
Essa “linguagem comum”, aplicada a diferentes sistemas de gestão clínica, prontuários eletrônicos e softwares médicos variados, cria a possibilidade de todos contarem com dados dos pacientes de forma mais ampla. Informações cedidas em uma consulta realizada anos antes, ainda que em outro estabelecimento, podem ser acessadas em um novo atendimento recente, por exemplo.
Com isso, todos ganham: profissionais e instituições de saúde, que passam a ter acesso a informações importantes no tratamento de seus pacientes, e os próprios indivíduos, que poderão contar com um acompanhamento de saúde mais completo.
Dimensões da interoperabilidade
Como já falamos anteriormente, a interoperabilidade é um conceito que não existe apenas no contexto da saúde. E ele conta com dimensões que ajudam a compreender seu significado e abrangência:
- interoperabilidade semântica — como dito pelo Dr. Middleton, está ligada à descrição das informações e dados;
- interoperabilidade organizativa — tem a ver com a reorganização de empresas, inclusive nos padrões adotados, para que consigam se adaptar e trabalhar em conjunto;
- interoperabilidade técnica — uso de sistemas compatíveis entre si, envolvendo duas ou mais organizações, permitindo assim a coleta e a troca de dados entre elas.
Quais suas vantagens?
Além das vantagens já citadas, há outros benefícios em investir na interoperabilidade em saúde — tanto para profissionais e gestores quanto para pacientes. Acompanhe os principais!
Rotinas mais ágeis
O dia a dia de um hospital, clínica ou outra instituição voltada aos serviços de saúde fica mais rápido e ágil, já que as equipes podem contar com dados dos pacientes disponíveis em sistemas externos — como prontuários de outros médicos ou estabelecimentos. Isso, é claro, desde que o paciente permita tal acesso, conforme as exigências da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Clareza na comunicação
Quando diferentes sistemas conseguem conversar entre si e compartilhar dados relevantes para a saúde do paciente, a tendência é que as informações sejam registradas de forma padronizada. Somente com dados estruturados será viável agilizar as rotinas e deixar a comunicação mais clara entre todos os envolvidos.
Redução de erros
Com mais agilidade e uma comunicação clara, também existe a tendência à redução de erros. Afinal, quando o tratamento de saúde ocorre em mais de um hospital ou clínica, e envolve diferentes profissionais de saúde, pode haver discrepâncias entre medicações receitadas, dosagens recomendadas e outros detalhes. A interoperabilidade também ajuda neste quesito.
Diminuição de desperdícios
Os desperdícios e custos dos tratamentos também tendem a ser reduzidos, o que impacta a eficiência do sistema de saúde como um todo. Com mais dados disponíveis sobre o paciente, as orientações médicas se tornam mais precisas, exames desnecessários ou repetidos tendem a ser evitados e, consequentemente, os bons resultados aparecem mais rapidamente — o que é um alívio para o paciente e seus familiares, além das próprias instituições, que otimizam seus recursos.
Visão completa
A interoperabilidade ainda ajuda profissionais e gestores a terem uma visão mais holística, completa, tanto do paciente quanto do sistema de saúde como um todo.
Como a interoperabilidade afeta o dia a dia de profissionais de saúde?
Para quem atua na linha de frente do cuidado aos pacientes, a interoperabilidade em saúde traz todos os benefícios já citados, facilitando o trabalho com o acesso a dados mais completos, originários de diferentes fontes.
Assim, além de agilizar o atendimento a pacientes e tornar sua experiência melhor, muitas vezes sobra mais espaço na agenda para atender ainda mais pessoas e promover a saúde da população de forma mais ampla.
Por que as empresas de saúde devem se preocupar com isso?
As empresas de saúde são as partes mais diretamente impactadas pela interoperabilidade. Afinal, com benefícios como a redução de desperdícios e custos e um dia a dia mais ágil, torna-se viável qualificar o atendimento oferecido aos pacientes e, ao mesmo tempo, otimizar os recursos das instituições.
Ao mesmo tempo em que é possível ser mais eficiente do ponto de vista financeiro, a interoperabilidade em saúde permite a hospitais, clínicas, laboratórios e outros estabelecimentos atuarem com foco total no paciente, melhorando sua experiência. Assim, aumentam as chances de sucesso e de reconhecimento das instituições perante à sociedade e ao mercado como um todo.
Como a Prontmed coloca a interoperabilidade em prática?
Mais do que um prontuário eletrônico, o Prontmed Hub é uma plataforma capaz de coletar e estruturar dados essenciais para o cuidado em saúde. Sua capacidade de integração com outras ferramentas permite colocar a interoperabilidade em prática — um exemplo é a integração com laboratórios, que facilita a solicitação de exames para seus pacientes e também o recebimento dos resultados com mais agilidade e segurança.
Além disso, o Prontmed Hub gera lotes com o padrão atualizado TISS, para troca de informações em saúde. Considerado o modelo padrão para intercâmbio de dados entre os agentes de saúde suplementar e os planos privados, o TISS segue os critérios de interoperabilidade estipulados por órgãos como a ANS e o Ministério da Saúde.
Os exemplos de como a interoperabilidade é colocada em prática com o Prontmed Hub não param aí. Ainda existe a possibilidade de enviar dados de atendimento para que o gestor em saúde crie em dashboards, análises e outros materiais. Esses dados também podem ser compartilhados com outros players da área da saúde — desde que haja consentimento dos pacientes — para dar continuidade aos tratamentos da melhor forma.
Também é possível disponibilizar informações referentes ao atendimento, como solicitações de exames ou prescrições, por exemplo, para que a adesão ao tratamento seja realizada em laboratórios e clínicas diferentes daquelas onde o cuidado teve início. Assim, processos como a marcação de exames e compra de medicamentos são facilitados.
A interoperabilidade é um dos temas mais falados na área da saúde nos últimos anos, impulsionada pela importância que o uso de dados vem ganhando junto a profissionais e gestores de saúde.
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