Marketing médico: o que é e o que não é permitido?

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Entenda que ações de marketing médico são autorizadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) para aumentar sua visibilidade sem ferir a lei.
Entenda que ações de marketing médico são autorizadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) para aumentar sua visibilidade sem ferir a lei.

Sumário

Cada vez mais, os profissionais da saúde vêm investindo no marketing médico. Afinal, a comunicação com pacientes e com a sociedade não pode ficar restrita ao consultório. Seja para aumentar sua visibilidade perante o público, fidelizar ou atrair pacientes, as ações publicitárias têm sido vistas como parte importante da carreira em medicina.

Não seria bom se os pacientes, ao fazerem uma busca no Google sobre determinados sintomas, encontrassem conteúdos com a assinatura do médico em quem confiam? Essa é apenas uma das formas de aumentar a visibilidade do trabalho em saúde para além do consultório. No entanto, há uma série de regras que devem ser colocadas em prática, conforme as resoluções 1.974/2011, 2.126/2015 e 2.133/2015 do Conselho Federal de Medicina (CFM).

Neste post, vamos falar um pouco sobre marketing médico, a importância de investir em ações de comunicação e, como o próprio título diz, o que se pode e o que não se pode fazer como profissional de saúde, do ponto de vista da publicidade de seus serviços.

Leia o post até o fim!

Por que é importante investir em marketing médico?

O marketing médico pode ter objetivos diversos. Desde tornar o profissional mais conhecido até estabelecer um relacionamento mais próximo com seus pacientes, há uma série de razões para se investir em ações publicitárias. Confira!

Aumentar o alcance do seu conhecimento

Muitos profissionais da medicina não se contentam em deixar seu conhecimento restrito ao consultório. Por isso, procuram escrever artigos, participar de eventos ou dar entrevistas a veículos de comunicação. Assim, conseguem ajudar mais pessoas a se informarem a respeito de sua especialidade ou a entenderem mais sobre saúde de forma geral.

Tornar-se referência

Desenvolver ações de marketing médico ajuda profissionais a serem conhecidos por uma parcela maior da população. Assim, pouco a pouco, esses médicos e médicas se tornam referência em determinada área.

Escrever artigos em um site pessoal ou em uma publicação especializada, participar de programas de TV, rádio ou podcasts, dar entrevistas para reportagens de jornais e revistas, entre outros meios de comunicação, são boas formas de se tornar referência em um assunto. Ter um blog próprio para criar conteúdo e contar com o suporte de uma assessoria de imprensa pode ajudar na tarefa.

Atrair mais pacientes

Embora haja uma regulação bastante rígida do marketing médico, e o caráter estritamente comercial das ações seja proibido, a atração de mais pacientes é quase inevitável quando se faz um bom trabalho neste sentido.

Ao tratar de temas relacionados à saúde em mídias impressas, digitais ou de radiodifusão, o trabalho do profissional de medicina ganha mais espaço e alcança mais pessoas. Por isso, ainda que as peças publicitárias não tenham um caráter vendedor, o público associa o conhecimento do médico à sua atuação profissional.

Fidelizar quem já é paciente

Além de atrair mais pessoas ao consultório, realizar ações de marketing também ajuda a fidelizar pacientes. Manter um relacionamento com as pessoas por meio de e-mails marketing, mensagens via WhatsApp e outras comunicações pode fortalecer os laços entre médicos e pacientes.

Que ações de marketing são autorizadas para médicos?

Há uma série de ações que podem ser realizadas no dia a dia por profissionais de medicina. No entanto, é importante que as seguintes informações sejam incluídas em todas elas: nome do profissional, especialidade ou área de atuação (desde que seja registrada no Conselho Regional de Medicina — CRM), número da inscrição no CRM e número de Registro de Qualificação de Especialista (RQE), se for o caso.

Confira quais as principais ações de marketing que podem ser realizadas por médicos!

Uso de redes sociais

Ter um perfil ou página atuante em redes sociais como Facebook, Instagram e LinkedIn, entre outras, é uma das ações de marketing médico mais usadas pelos profissionais atualmente. Além de proporcionarem uma conexão com pacientes e com a população em geral, permitem a divulgação de seus conhecimentos e criam um diálogo com o público.

Marketing de conteúdo

Outra estratégia com grande potencial para profissionais de medicina, o marketing de conteúdo permite a divulgação de artigos, vídeos, áudios e outros materiais com informações valiosas sobre saúde.

Seja em um blog, e-book, podcast ou por meio de plataformas de vídeos, essa é uma excelente maneira de se fazer marketing médico. Imagine um especialista altamente capacitado para escrever sobre diabetes, ou ainda alguém que tenha muito conhecimento em doenças cardíacas e que saiba se comunicar — há grandes oportunidades de ampliar a sua visibilidade na internet.

Anúncios em mídia impressa

Embora andem um pouco em baixa, em função da diminuição da circulação de jornais e revistas, os anúncios em mídia impressa também podem chegar a um público que ainda não aderiu às mídias digitais. Dependendo do segmento de atuação do profissional de medicina, essa ainda pode ser uma alternativa válida.

Peças publicitárias

Outras peças publicitárias, que vão desde cartazes, fôlderes, panfletos e outdoors até comerciais de rádio e TV, também podem ser veiculadas por médicos — desde que sua intenção principal não seja a mera venda de um produto ou serviço, e sim a propagação de conhecimento a respeito de saúde.

Divulgação de novos produtos ou tratamentos

Da mesma forma, a divulgação de novos produtos ou tratamentos pode ser realizada em qualquer mídia, desde que não transmitam uma ideia de exclusividade na comunicação.

Prontuário eletrônico

Além de todas as alternativas já mencionadas, o próprio prontuário digital pode servir como forma de desenvolver ações de marketing junto aos pacientes. Alguns softwares médicos, como o Prontmed Hub, podem gerar relatórios com informações úteis sobre pacientes. Veja alguns exemplos: 

  • listagem de todos os pacientes (para envio de mensagens gerais); 
  • relatório de pacientes que não retornam há mais de um ano (que pode gerar mensagens de lembrete para novas consultas);
  • aniversariantes do mês (para manutenção do relacionamento);
  • pacientes por convênio (para ações promocionais direcionadas).

Que tipo de publicidade é proibida para médicos?

O CFM também detalha, no artigo 3º da resolução 1.974/2011, tudo que os médicos não podem fazer, do ponto de vista de marketing. Confira os principais pontos:

  • anunciar que é especialista em um tema no qual não tem formação;
  • afirmar que conta com equipamentos em um tom que remeta à capacidade privilegiada;
  • participar de anúncios de empresas ou produtos de qualquer segmento;
  • autorizar o uso de seu nome em propaganda enganosa de qualquer natureza;
  • anunciar técnicas ou métodos não reconhecidos pelo CFM;
  • expor a imagem de pacientes para divulgação do trabalho, mesmo que a pessoa autorize;
  • anunciar técnicas “exclusivas”;
  • oferecer serviços de saúde via consórcio e outras modalidades similares;
  • prometer — ou, até mesmo, dar a entender — que o tratamento terá sucesso garantido.

Confira a íntegra do que é vedado, do ponto de vista do marketing médico, neste link.

Como vimos ao longo do artigo, embora os profissionais de saúde estejam aderindo cada vez mais ao marketing médico, é preciso tomar alguns cuidados na hora de realizar ações publicitárias. Afinal, saúde é um assunto muito sério, e preservar a qualidade das informações divulgadas para o público é fundamental para garantir a credibilidade da categoria, especialmente em tempos de fake news.

Esperamos que nosso post tenha sido esclarecedor e que traga inspiração para novos conteúdos e ações de marketing médico de qualidade. Caso queira contribuir com suas ideias ou tirar dúvidas, deixe um comentário!

Marketing Prontmed

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