6 dicas para profissionais de saúde fazerem a diferença no Outubro Rosa

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6 dicas para profissionais de saúde fazerem a diferença no Outubro Rosa
Todos os profissionais que atuam na área da saúde podem ajudar na prevenção ao câncer de mama. Saiba como apoiar a causa!

Sumário

De acordo com a National Breast Cancer Foundation, dos Estados Unidos, uma em cada oito mulheres será diagnosticada com câncer de mama ao longo da vida. Esse é um dos principais motivos pelos quais surgiu o Outubro Rosa: chamar a atenção para a necessidade de prevenir a doença. Sabe-se que, quanto mais cedo ela for diagnosticada, maiores as chances de cura.

Neste mês em que a conscientização a respeito do tema ganha mais espaço na mídia e na sociedade, aproveitamos para dar nossa contribuição mais direcionada aos profissionais de saúde. Não são apenas ginecologistas e oncologistas que podem auxiliar na prevenção do câncer de mama. Todas as pessoas que atuam na área da saúde podem ajudar.

Para começar, confira a história do Outubro Rosa e, na sequência, veja algumas formas de ajudar pacientes na prevenção. Boa leitura!

Quando surgiu o Outubro Rosa?

É difícil estabelecer ao certo quando a campanha Outubro Rosa começou. Uma série de iniciativas surgiram entre os anos 1980 e 1990 com o objetivo de aumentar a conscientização acerca do combate ao câncer de mama. De uma forma ou de outra, todas inspiraram o movimento, que ganhou alcance mundial.

Uma das iniciativas pioneiras foi a criação da organização Susan G. Komen, fundada por Nancy G. Binker, nos Estados Unidos. Em 1980, ela prometeu à irmã, Susan — que faleceu após uma batalha contra o câncer de mama naquele ano — erradicar a doença em todo o mundo. A organização deu seus primeiros passos dois anos depois e se tornou um movimento global.

Graças à promessa de Nancy, mais de US$ 2,9 bilhões já foram investidos em pesquisas, ações de saúde comunitária e programas de combate à doença em mais de 60 países. De acordo com a organização, as mortes provocadas pelo câncer de mama tiveram redução de 40% entre 1989 e 2016.

Laço cor-de-rosa foi criado nos anos 90

Em 1992, a Estée Lauder Companies lançou sua própria campanha de combate à doença, encabeçada por sua fundadora, a empresária Evelyn H. Lauder, que recebeu o diagnóstico de câncer de mama no final dos anos 80. A iniciativa também criou o icônico laço cor-de-rosa, que inspirou o nome Outubro Rosa nos anos seguintes.

A campanha idealizada por Evelyn já arrecadou mais de US$ 99 milhões para apoiar pesquisas em nível global, projetos focados em educação e serviços médicos. Além disso, um investimento de US$ 80 milhões financiou 321 bolsas de pesquisa médica por meio da Breast Cancer Research Foundation (BCRF).

Outra iniciativa que levou à popularização do Outubro Rosa e prevenção do câncer de mama foi a fundação da Pink Ribbon Inc., em Nova Iorque (EUA), em 2008. Ao longo dos anos, o projeto cresceu e se tornou uma plataforma internacional reconhecida mundialmente, cobrindo mais de 30 países em cinco continentes.

Outubro Rosa no Brasil

O Outubro Rosa não é propriedade de nenhuma instituição, e sim um movimento independente que busca chamar a atenção em relação ao assunto, como forma de engajar mais pessoas a disseminar informações sobre a prevenção da doença. Inclusive, a campanha ganhou apoio de iniciativas públicas e privadas.

No nosso país, a primeira iniciativa vinculada ao Outubro Rosa foi a iluminação do Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo (SP). Com uma luz rosa projetada sobre o monumento, em 2 de outubro de 2002, um grupo de entusiastas do combate ao câncer de mama ajudou a aumentar a visibilidade em torno do tema.

Cerca de duas décadas depois da primeira exposição da ideia no país, uma série de outros monumentos já foram usados para atrair simpatizantes à causa. O Cristo Redentor, no Rio de Janeiro (RJ), o Congresso Nacional, em Brasília (DF), e até mesmo diversos estádios de futebol brasileiros já aderiram à campanha.

Quais os fatores de risco para desenvolver o câncer de mama?

Uma série de fatores podem aumentar ou diminuir as chances de uma pessoa ter câncer de mama. Mas, mesmo com um risco mínimo, é fundamental fazer o acompanhamento médico regular. Profissionais da saúde de todas as especialidades podem ajudar pacientes a lembrarem de levar essas características em consideração.

Os principais fatores genéticos a serem considerados, de acordo com a National Breast Cancer Foundation, são:

  • a chegada aos 40 anos de idade nas mulheres;
  • pacientes que já tiveram diagnóstico prévio de câncer de mama ou de ovário;
  • indivíduos com predisposições genéticas, ou seja, a própria pessoa que teve um teste positivo para mutações genéticas associadas a um risco maior de desenvolver a doença, ou alguém com histórico na família (mãe, irmã ou filha) que teve teste genético positivo.

Há, ainda, outros fatores mais controláveis que podem aumentar as chances de ter câncer de mama, como sobrepeso, obesidade, sedentarismo, consumo de bebidas alcoólicas, exposição frequente a radiação e tabagismo.

Quais as principais medidas de prevenção do câncer de mama?

Segundo o site do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Ministério da Saúde recomenda a realização da mamografia de rastreamento (mesmo que não haja sintomas como nódulos ou “caroços” nas mamas) em mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos.

No entanto, o acompanhamento médico deve ser feito desde a juventude, com especial atenção a partir dos 40 anos de idade. Isso é importante porque iniciar o tratamento contra o câncer no começo da doença aumenta significativamente as chances de cura. 

A prática do autoexame, ainda bastante difundida, não é recomendada há mais de 10 anos em países desenvolvidos. Ainda assim, pode ser realizada para autoconhecimento, sem abrir mão do exame clínico das mamas realizado pelo médico.

6 dicas para os profissionais de saúde apoiarem o Outubro Rosa

Nem todo profissional de saúde está diretamente ligado ao diagnóstico e tratamento do câncer de mama, mas o Outubro Rosa é o momento ideal para todos se engajarem no estímulo à prevenção. Confira algumas dicas para contribuir com a causa, seja qual for sua especialidade!

1. Relembre as pacientes sobre a necessidade de prevenção

Ao receber no consultório ou clínica pacientes com 40 anos ou mais, verifique se os exames estão em dia e a prevenção contra a doença está sendo feita. Recomende uma consulta a um ginecologista.

2. Destaque a importância do apoio psicológico durante o tratamento

Caso a paciente já esteja em tratamento ou receba o diagnóstico de câncer de mama durante a consulta com você, certifique-se de orientá-la a respeito da necessidade de apoio psicológico para superar esse momento difícil. 

Esse suporte é necessário durante todo o período do tratamento e, inclusive, após sua conclusão, especialmente em casos de mastectomia (retirada cirúrgica da mama). Esse é o diagnóstico que costuma provocar abalos psicológicos mais profundos.

3. Use a identidade visual do Outubro Rosa

Durante o Outubro Rosa, falar sobre prevenção e usar a identidade visual da campanha no consultório é um estímulo a mais para conscientizar a população sobre o tema. Aplicar um bóton ou adesivo com o laço rosa sobre a roupa, decorar o ambiente com iluminação especial ou balões, identificar as redes sociais do consultório (caso as tenha) com as cores da campanha e preparar materiais informativos para distribuir aos pacientes são algumas ideias para apoiar a causa.

4. Não esqueça de alertar pacientes homens

Apesar do risco reduzido, é fundamental também alertar os pacientes homens sobre a prevenção durante o Outubro Rosa. Apenas 1% do total de casos de câncer de mama ocorre entre pacientes do sexo masculino, mas isso não é motivo para descartar essa possibilidade.

5. Engaje-se na campanha

Participar de eventos, dar palestras sobre o tema, escrever artigos na imprensa, estimular conversas entre amigos e familiares e ajudar na educação da população de forma geral pode ajudar a levar mais informação ao público.

6. Use a tecnologia para armazenar dados de pacientes

Ter dados de pacientes armazenados com segurança e organização é essencial para saber quando chegou a hora de dar orientações mais específicas a respeito da prevenção ao câncer de mama. Tecnologias como o prontuário eletrônico podem facilitar esse processo.

Além disso, sistemas de suporte à decisão clínica também podem auxiliar os profissionais de saúde a orientar a realização de exames e a tomar ações de prevenção contra o câncer de mama no momento certo.

Gostou das dicas? Esperamos ter contribuído com boas ideias para que, no Outubro Rosa, a prevenção do câncer de mama esteja no seu radar, seja qual for sua especialidade de saúde. Afinal, cuidar para que pacientes estejam sempre com seus exames em dia e conscientes a respeito do que precisam fazer para evitar essa e outras doenças é papel de quem trabalha na área.

Compartilhe o post nas suas redes sociais para que mais profissionais de saúde reflitam a respeito de sua importante contribuição para essa causa!

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