Ser um gestor de saúde de sucesso — seja liderando hospitais, clínicas, laboratórios, operadoras, entre outros — envolve uma série de minúcias. Atarefados em reuniões constantes e no acompanhamento do dia a dia das operações que gerenciam, esses líderes, eventualmente, acabam não dando a devida atenção a questões que trazem grande impacto para os resultados.
Entre os problemas que nem sempre são endereçados da melhor forma estão questões como a baixa adesão a protocolos clínicos dentro da instituição, a falta de confiabilidade nos dados disponíveis, a inexistência de integração entre sistemas (o que compromete análises e decisões), entre outros.
Neste artigo, procuramos listar e detalhar alguns desses problemas — que podem ser considerados como “inconscientes”, mas fazem bastante diferença no dia a dia. Também falamos a respeito do papel da tecnologia na solução desses desafios.
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1. Baixa adesão a protocolos clínicos
Os protocolos clínicos são grandes aliados dos gestores de saúde, já que padronizam uma série de processos dentro da instituição e facilitam a obtenção e análise de dados. No entanto, a adesão a eles ainda é considerada baixa no setor.
Esses protocolos estabelecem padrões para a definição de diagnósticos, realização de exames, recomendação de cirurgias e tratamentos medicamentosos, entre outros.
A gestão do pós-tratamento também pode ser realizada com o apoio de protocolos clínicos, permitindo que revisões, transições para novas fases do atendimento e avaliações periódicas sejam feitas com base nos seus padrões.
A tecnologia é essencial nesse processo, já que contar com dados estruturados no sistema de prontuário eletrônico facilita muito a adesão aos protocolos clínicos e a solução de problemas de gestão nas instituições de saúde.
Ainda assim, a baixa adesão aos protocolos é um dos problemas aos quais nem todos os líderes estão atentos.
2. Falta de usabilidade no prontuário eletrônico
Escolher um prontuário eletrônico para a equipe das instituições de saúde pode ser desafiador, já que tanto as necessidades do próprio time quanto as dos pacientes e as da empresa precisam ser endereçadas.
Um ponto, no entanto, é fundamental para garantir que todos os públicos sejam bem atendidos pelo PEP: a usabilidade do sistema. Se o prontuário for fácil de usar, os profissionais farão seus atendimentos com mais agilidade, concentrados no cuidado com o paciente e terão interesse em usar, de forma correta, todos os recursos disponíveis.
Além disso, menos erros de preenchimento são cometidos, o que garante que a instituição terá dados verdadeiros à disposição para serem analisados. Assim, melhores decisões podem ser tomadas.
Caso o PEP não tenha boa usabilidade, a tendência é que o preenchimento seja incorreto, incompleto e pouco aderente ao que ocorre no dia a dia da instituição. Mas será que os gestores estão atentos a isso?
3. Baixa confiabilidade nos dados
A baixa confiabilidade nos dados também é, em parte, decorrente da falta de usabilidade do prontuário. A inserção incorreta de dados, muitas vezes, é um problema da plataforma escolhida, que não garante a melhor experiência para os profissionais de saúde.
Por outro lado, também há questões comportamentais às quais os gestores precisam ficar alertas – inserção do CID-10 errado, perguntas incorretas, o não preenchimento de informações nos campos específicos e a falta de transparência a respeito da origem dos dados diminuem a confiabilidade nas informações coletadas.
A tecnologia também pode ajudar a melhorar esse comportamento a partir de um PEP com boa usabilidade, que incentive o profissional a seguir uma jornada dentro dos padrões ao interagirem com a plataforma.
4. Falta de dados a respeito dos atendimentos de saúde
Nem todo gestor de saúde tem uma visão completa a respeito dos atendimentos de saúde realizados na sua instituição. A falta de dados a respeito dos diagnósticos mais frequentes, dos exames mais solicitados e das medicações mais prescritas, bem como sobre a frequência de retorno, entre outros, dificulta a boa gestão.
Isso é um grande problema, pois como seria possível gerenciar uma instituição de saúde sem entender cada processo no detalhe? A disponibilização desses dados de forma fácil, ágil e em tempo real se torna uma necessidade no cenário cada vez mais complexo que se apresenta.
5. Adesão insuficiente de pacientes à realização de exames
Análises vêm demonstrando que a adesão de pacientes à realização de exames prescritos pelos profissionais de saúde é baixa no Brasil. Assim, uma oportunidade e tanto de entender melhor o que ocorre em hospitais, clínicas e laboratórios pode ser perdida.
A baixa procura dos pacientes por exames também traz grande impacto às finanças das instituições, já que esses procedimentos deixam de ser realizados — o que acarreta, muitas vezes, o agravamento de doenças e a necessidade de tratamentos mais dispendiosos no futuro, já que dificultam a coordenação do cuidado.
6. Pouca integração do PEP com outros sistemas
Os baixos índices de integração entre o PEP e outros sistemas usados pelas instituições de saúde também são um problema ao qual os gestores poderiam dar mais atenção.
Mais do que dificultar o fluxo de dados entre os diferentes setores de um hospital, por exemplo, a falta de integração de sistemas e de interoperabilidade impede a tomada de decisões mais estratégicas.
Afinal, se o dado não chega às diferentes áreas (por exemplo, um dado clínico que não é considerado pelo departamento financeiro), decisões serão tomadas com pouco embasamento na realidade da instituição.
Sabemos que a atuação de um gestor de saúde é repleta de desafios a serem superados no dia a dia, e nem sempre há condições de dar a devida atenção a tantos detalhes. Ainda assim, ter a consciência de que problemas relacionados à falta de dados são uma realidade — e que solucioná-los pode qualificar a gestão das instituições do setor — é o primeiro passo para o sucesso.
E você, se identificou com essa situação? Então, que tal compartilhar nosso conteúdo nas redes sociais para que mais gestores de saúde troquem experiências e ajudem uns aos outros?