Saúde mental no Setembro Amarelo: 5 dicas para profissionais de saúde

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Saúde mental no Setembro Amarelo: 5 dicas para profissionais de saúde
Todos nós estamos sujeitos a sofrer de transtornos psicológicos, inclusive médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde. É por isso que falar de saúde mental no Setembro Amarelo — e em todas as outras épocas do ano — é tão importante. Leia mais no blog!

Sumário

Quem cuida da saúde dos pacientes também merece ser tratado com delicadeza e atenção. Afinal de contas, todos nós estamos sujeitos a sofrer de transtornos psicológicos, inclusive médicos, enfermeiros e outros profissionais da área. É por isso que falar de saúde mental no Setembro Amarelo — e em todas as outras épocas do ano — é tão importante.

Uma pesquisa recente divulgada pelo Medscape revelou que a Síndrome de Burnout atinge 42% dos médicos participantes do estudo dedicado ao assunto. Entre as especialidades mais atingidas pelo transtorno destacam-se urologia, neurologia, nefrologia, endocrinologia e medicina de família. Outros transtornos, como a depressão e a ansiedade, também fazem parte do dia a dia dos profissionais, o que vem provocando aumento no índice de suicídios entre a classe médica. Por isso é tão importante falar sobre o assunto.

Neste artigo, porém, mais do que alertar para os problemas de saúde mental que podem atingir quem trabalha na área, queremos compartilhar algumas dicas de prevenção. Embora a situação envolva não apenas atitudes individuais dos profissionais, e mudanças estruturais do segmento possam ser necessárias para ajudar a evitar que os transtornos se desenvolvam, é fundamental que cada um observe com atenção os sintomas e não deixe para contar com a ajuda do especialista só em última instância.

Para começar, vamos falar sobre os cuidados com a saúde mental? Boa leitura!

Importância de cuidar da saúde mental no Setembro Amarelo

Preservar a saúde mental no Setembro Amarelo e em todas as fases da vida é essencial. Apesar de os profissionais de saúde saberem muito bem disso, mesmo assim todos podem estar sujeitos a sofrer com transtornos como a depressão, a ansiedade e a Síndrome de Burnout. Esta última, inclusive, é uma das principais vilãs quando se fala da rotina de médicos e outros profissionais da área, que costumam trabalhar longas horas em situações de estresse elevado.

Preservar a saúde mental, no entanto, é importante não só para que se possa fazer seu trabalho da melhor forma. Viver com bem-estar emocional também é essencial para quem deseja ter um convívio familiar saudável, fazer amigos e manter uma relação equilibrada entre trabalho e lazer — sem falar nos benefícios que isso traz para a própria saúde física.

O papel do Setembro Amarelo na conscientização sobre saúde mental

A campanha chegou ao Brasil em 2014, em uma parceria entre a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM). A ideia é promover a conscientização a respeito da prevenção ao suicídio.

De acordo com o site oficial, mais de 13 mil suicídios são registrados anualmente no país — no mundo, os números superam 1 milhão de mortes a cada ano. Embora o tema seja delicado, os números deixam claro por que é tão fundamental falar de saúde mental no Setembro Amarelo.

A saúde mental de médicos e outros profissionais na pandemia

A Síndrome de Burnout está em um nível crítico entre os profissionais de saúde. A constatação é do site especializado Medscape, e foi publicada no estudo “Death by 1000 Cuts — 2021 Physician Burnout & Suicide Report”. De acordo com a pesquisa, os médicos têm lutado com o burnout já há algum tempo, mas a situação piorou durante a pandemia. A influência negativa da síndrome vai além do dia a dia profissional, atingindo os relacionamentos pessoais, além da satisfação com a carreira em longo prazo e os cuidados com os pacientes.

O panorama é considerado trágico pelo estudo do Medscape — que contou com mais de 12 mil participantes, de 29 especialidades médicas. O burnout e a depressão têm levado um número crescente de médicos ao suicídio, o que afeta de forma profunda seus familiares e a categoria como um todo.

Ainda de acordo com a pesquisa, as mulheres que também são profissionais de saúde vêm sofrendo um grande impacto desde o início da pandemia. Ao trabalharem de casa com mais frequência, são elas que recebem a maior carga de tarefas domésticas e de cuidados com os filhos — sendo que as crianças estiveram afastadas das escolas por meses em função de lockdowns e práticas de isolamento social. Isso tudo afeta sua rotina profissional e as deixam com menos tempo livre para descansar.

Burnout entre médicos e enfermeiros começou antes da pandemia

Para quem atua na linha de frente no combate à Covid-19, o medo é o de levar o vírus para seus familiares, o que impacta não apenas médicos, mas também profissionais de enfermagem e de outras especialidades de saúde. No entanto, não se pode tratar a questão do burnout entre profissionais da área como um evento pontual provocado pela pandemia.

Na pesquisa do Medscape, 79% dos entrevistados revelaram que foram acometidos pela síndrome ainda antes da chegada do coronavírus. Ainda assim, a falta de equipamentos de proteção, as longas horas de trabalho em condições difíceis, o luto pela perda de pacientes e o convívio com familiares entristecidos pelo falecimento de seus entes queridos são fatores que adicionam camadas de estresse e exaustão ao dia a dia, de acordo com o estudo.

5 dicas para manter a saúde mental

Como combater todos os prejuízos à saúde mental no Setembro Amarelo e além? Nem todos os fatores externos que contribuem para uma queda na qualidade de vida dos profissionais de saúde são controláveis, é claro. Mas individualmente, as pessoas podem tomar algumas atitudes para preservar seu bem-estar emocional.

Acompanhe algumas dicas da Mental Health Foundation do Reino Unido.

1. Pratique exercícios regularmente

A prática regular de exercícios pode aumentar a autoestima e ajudar a trazer maior concentração, um sono de mais qualidade e uma sensação prolongada de bem-estar. Além disso, atividades físicas mantêm o cérebro e outros órgãos vitais sadios, e ainda melhoram a saúde mental. Apesar da correria do dia a dia, é importante achar um tempinho para se exercitar, já que a rotina fica mais leve para quem pratica atividades físicas.

2. Alimente-se bem

Na correria diária, é comum que os profissionais de saúde fiquem sem se alimentar por longos períodos. Quando o fazem, muitas vezes não seguem as próprias recomendações feitas aos seus pacientes, de comer alimentos saudáveis.

Sabe-se que o cérebro precisa de um mix de nutrientes para funcionar bem, assim como todos os outros órgãos do corpo. Portanto, não é exagero dizer que uma dieta boa para a saúde física também é ótima para a saúde mental.

3. Saiba a hora de reduzir o ritmo

Mais uma dica que, sabemos, é complicada no dia a dia dos profissionais da área, mas fundamental para cuidar da saúde mental: desacelere o ritmo se sentir que está indo muito rápido.

Mesmo uma pausa de cinco minutos entre um paciente e outro, 15 minutos a mais para relaxar na hora do almoço ou uma escapadinha da cidade durante o fim de semana — qualquer atividade que quebre a rotina e permita descansar o corpo e a mente faz maravilhas pela saúde mental. O uso de tecnologias que otimizem o trabalho e aliviem a sobrecarga também pode ser benéfico, já que agiliza atividades cotidianas.

4. Mantenha contato com amigos e familiares

Com a pandemia, as relações entre as pessoas ficaram mais distantes, para a segurança de todos. Mas isso não significa que não se deva conversar com amigos e familiares. A internet está aí para isso. Mantenha-se aberto para manter as novidades em dia, isso faz bem para a mente.

5. Peça ajuda

Ninguém deve passar por um problema de saúde mental sem apoio. O cansaço, o acúmulo de tarefas e a falta de suporte podem tornar a vida cinza e sem graça, e nem sempre uma conversa com um amigo ou familiar é suficiente para resolver questões que podem ser mais profundas do que parecem.

Neste caso, contar com o suporte de especialistas é essencial: procure apoio psicológico ou psiquiátrico, caso necessário. Esse tipo de atendimento pode ser realizado, inclusive, via telemedicina. No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) também pode ajudar. Clique aqui para conferir as formas de contato.

É por isso que se fala tanto em saúde mental no Setembro Amarelo. A campanha ajuda a aumentar a conscientização a respeito do tema, mas cuidar do bem-estar emocional é algo necessário durante o ano todo. E não é porque você é um profissional de saúde que está imune a transtornos psíquicos. O importante é procurar ajuda sempre que sentir necessidade.

E aí, como você tem cuidado da saúde mental durante a pandemia? Já adota alguma destas dicas? Faça seu comentário abaixo!

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