12 tendências na área da saúde para 2023

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12 tendências na área da saúde para 2023
Confira as principais tendências apontadas por especialistas na área da saúde para o ano que está começando!

Sumário

Já está virando tradição! Em 2022, publicamos um blog post sobre o que poderíamos esperar para o setor ao longo do ano. Agora, vamos falar sobre as tendências na área da saúde para 2023.

Embora muitos movimentos sejam perceptíveis apenas lá fora em um primeiro momento, é importante ficar atento e se preparar para o que vem pela frente, inclusive aqui no Brasil.

A seguir, destacamos 12 tendências na área da saúde com base em análises de publicações da Forbes, Deloitte, Insider Intelligence e Roche. Sempre que possível, trouxemos uma contextualização a respeito de como o tema deve reverberar no Brasil.

Esperamos que goste. Leia agora mesmo para começar 2023 com tudo!

1. Transformação digital

Entre os executivos de planos de saúde dos Estados Unidos, a expectativa é de que a transformação digital seja mais acelerada em 2023, com “grande impacto” (43%) ou “impacto moderado” (50%) nos negócios.

Nas instituições de saúde, porém, o cenário ainda pode ser um pouco diferente em função dos custos envolvidos. Segundo a Deloitte, apenas 29% dos executivos acreditam que a transformação digital terá grande impacto ao longo do ano. A consultoria ainda destacou que 63% deles creem que a tecnologia terá impacto moderado nas suas operações em 2023.

2. Inteligência Artificial

De acordo com a Forbes, o mercado de inteligência artificial (IA) — mais especificamente ferramentas baseadas em machine learning — deve superar os US$ 20 milhões de investimento em 2023. Segundo a publicação, “várias tecnologias alinhadas à IA, como visão computacional, processamento de linguagem natural e algoritmos de reconhecimento de padrões já estão profundamente incorporadas no ecossistema da saúde e continuarão a ser adotadas”.

Uma das áreas em que a IA estará presente com mais força é a pesquisa de novos medicamentos. A tecnologia pode ajudar a prever resultados de ensaios clínicos e até mesmo possíveis efeitos colaterais de remédios.

A análise de exames de imagem como radiografias e ressonâncias magnéticas, a partir do uso de algoritmos de visão computacional, também pode ajudar a detectar sinais de alerta precoces em relação a diversas doenças.

3. Maior sofisticação tecnológica

Erika Tyburski, CEO de uma startup norte-americana e membro do conselho da Forbes, defende que insights derivados dos games, da realidade virtual e dos wearables (dispositivos vestíveis) dão às empresas o acesso a dados relevantes de seus usuários. 

Eles mostram como as pessoas usam a tecnologia — o que tem usabilidade e o que não tem. Isso significa que vários setores podem trabalhar juntos para melhorar a experiência dos seus clientes.

Tyburski cita o exemplo das câmeras usadas em smartphones, que têm recursos cada vez mais avançados como visão noturna, fotografias panorâmicas e vídeos com maior resolução. “Essas melhorias dão suporte à evolução da saúde digital ao fornecerem informações mais precisas e com poder de engajamento por parte dos usuários”, escreveu a especialista.

4. Atendimento de saúde remoto

Mais do que a telemedicina, que já é uma realidade, o atendimento de saúde remoto engloba uma série de outras modalidades. Entre elas, os hospitais virtuais, um modelo de assistência médica remota que vem começando a ganhar espaço em países do hemisfério norte.

A constituição de uma enfermaria virtual, com o envolvimento de profissionais que prestam atendimento a vários pacientes que não estão presentes no mesmo local é um exemplo.

No Reino Unido, há planos de implementar essa iniciativa em 2023 para todos os pacientes que precisam de internação hospitalar para cirurgia. A preparação para o procedimento passará a ser feita em casa, sem a necessidade de internação prévia.

As cirurgias remotas também já começam a deixar o terreno da ficção científica para ganhar o mundo real. Os procedimentos são conduzidos por profissionais de saúde que atuam a distância, com o suporte da robótica para performar a operação.

5. Atendimento de saúde em casa

Outro modelo de atendimento de saúde remoto que merece destaque é aquele em que os pacientes permanecem no conforto de seus lares em vez de serem internados para a realização de tratamentos.

Estudos já demonstraram que o fato de estarem em casa e no convívio com a família ajuda na recuperação dos pacientes, além de reduzir custos para as instituições. A decisão sobre a internação ou não do paciente deve se basear em evidências.

De acordo com a Insider Intelligence, até 2030, 70 milhões de baby boomers nos Estados Unidos terão 65 anos ou mais. Essa é a geração que trará maior demanda pelo in-home care, ou seja, os cuidados de saúde em casa.

6. Atendimento de saúde por empresas de varejo

Nos Estados Unidos, gigantes do varejo vêm investindo pesado na área da saúde. Amazon e Walmart são dois nomes que lideram esse movimento, com a aquisição de clínicas, abertura de centros de saúde e alocação de recursos em tecnologia.

Ao oferecerem serviços de saúde como exames de sangue, aplicação de vacinas e outros serviços que tradicionalmente são prestados por hospitais, clínicas ou consultórios, essas empresas buscam facilitar o acesso e reduzir a necessidade de agendamento por parte da população.

Para a Forbes, “essa tendência se tornará mais proeminente à medida que as condições econômicas globais tornarem os orçamentos mais apertados nas unidades de atendimento primário”.

7. Atendimento de saúde em comunidades

A busca por mais diversidade ganha cada vez mais espaço no mercado, e na saúde não é diferente. A necessidade de ampliar o acesso à saúde tem levado a uma movimentação do setor, que se reflete no avanço da telemedicina e das empresas de varejo como provedoras desses serviços. Mas essa mudança não para por aí.

O maior acesso à saúde em comunidades que não ficam nos grandes centros — e, no caso dos Estados Unidos, estão diretamente ligadas a bairros que concentram populações consideradas minorias (como afroamericanos, latinos, famílias de baixa renda, entre outras) — passa a receber mais atenção dos players do setor.

É difícil dizer até que ponto essa realidade pode chegar ao Brasil, mas é um tema que começa a ganhar espaço lá fora e pode ter reflexos no país nos próximos tempos.

8. Maior cobertura de telemedicina pelos planos de saúde

Pelo menos lá fora, à medida que a telemedicina vem se tornando mais acessível, a cobertura dos planos de saúde vem aumentando. No Brasil, algumas operadoras também já oferecem esse tipo de atendimento, embora o cenário ainda possa evoluir.

Para Erika Tyburski, a telessaúde é mais econômica que o formato tradicional de atendimento médico. “De acordo com a United Healthcare, os pacientes podem economizar até US$ 2.000 em comparação com uma ida ao pronto-socorro. Muitos provedores ainda oferecem acesso à telessaúde 24 horas por dia, sete dias por semana”, destaca a especialista.

9. Dispositivos vestíveis (wearables)

Os wearables já foram apontados como tendência de saúde digital em outras ocasiões, inclusive em 2022. E os dispositivos vestíveis se mantêm fortes na lista, devido ao aumento na procura por parte do público e também por seu papel no acompanhamento dos pacientes.

A Forbes defende que os wearables serão cada vez mais usados ​​por indivíduos em 2023 para monitorar sua própria saúde e acompanhar o desempenho nas atividades físicas, bem como por médicos para monitorar seus pacientes remotamente.

Uma novidade apontada pela publicação é que, além das doenças físicas, o desenvolvimento de dispositivos vestíveis capazes de monitorar e detectar sinais de doenças mentais já começou a ganhar força.

Um estudo recente mostrou como indicadores físicos — níveis de atividade, padrões de sono e frequência cardíaca, por exemplo — podem ser usados ​​para detectar quando uma pessoa está em risco de depressão, o que poderia ser incorporado aos wearables.

10. Novos modelos de pagamento

Pesquisa da Deloitte com executivos de saúde dos Estados Unidos revelou que uma transição para novos modelos de pagamento deve ganhar tração em 2023, com maior foco na saúde baseada em valor.

Lá fora, as operadoras de saúde começarão o ano em uma posição financeira sólida, devido à menor utilização dos planos por parte dos pacientes em 2022. Os hospitais e os sistemas de saúde, no entanto, estarão focados em sair do vermelho em 2023.

No Brasil, a situação é diferente, com dificuldades dos planos de saúde em relação às finanças. Inclusive, a adoção de novos modelos de pagamento pode ser estudada. Distorções têm sido apontadas por associações do setor. As entidades já solicitaram à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mudanças nas regras dos reajustes dos planos de saúde no país.

11. Saúde baseada em valor

Nos últimos anos, tem havido um movimento voltado à saúde baseada em valor como forma de responder a desafios como a melhora do desfecho clínico e a otimização de recursos no setor — e em 2023 isso não será diferente.

Um conteúdo disponibilizado pela Roche destaca que é importante não confundir a implementação da saúde baseada em valor com a simples redução de despesas ou de qualidade, tampouco com melhorias que se baseiam apenas em resultados clínicos.

Embora todos esses sejam fatores importantes, o objetivo de qualquer iniciativa do tipo deve ser melhorar a saúde do paciente.

12. Foco em medicina preventiva

A ideia de “ficar doente para depois tratar” ficou para trás. E o foco em medicina preventiva tende a crescer ainda mais em 2023, o que tem muito a ver com saúde digital e com alguns dos temas que já destacamos ao longo do texto.

O uso de wearables, de biomarcadores que ajudam a prover indicadores que trazem informações sobre a saúde e outras tecnologias que permitam às pessoas manter suas rotinas de cuidado serão cada vez mais essenciais.

Isso tudo, é claro, com o devido acompanhamento médico — sempre com foco em prevenir as doenças crônicas mais comuns, como diabetes, doenças cardiovasculares e até questões relacionadas à saúde mental.

Sabe de mais tendências na área da saúde?

Chegamos ao fim deste artigo sobre as tendências na área da saúde para 2023, mas o ano está apenas começando. Tem alguma tendência que você está acompanhando de perto e que acredita que será importante nos próximos meses? Conte pra gente!

Agora, que tal compartilhar o artigo nas suas redes sociais para que mais profissionais e gestores de saúde fiquem atentos às movimentações do setor?

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