Casos relatados em diversas cidades na China sobre o aumento de doenças respiratórias e surtos de pneumonia em crianças levaram a Organização Mundial de Saúde (OMS) a solicitar informações detalhadas sobre a situação no país.
Até o momento, não havia registros de mortes, mas sim de um aumento repentino nas hospitalizações de crianças em Pequim e Liaoning, localidades distantes 800 km entre si.
Segundo a OMS, o aumento na incidência de doenças respiratórias na China foi comunicado pela Comissão Nacional de Saúde em 13 de novembro. Vários fatores podem estar ligados ao surto, incluindo a suspensão das restrições contra a Covid-19 e o aumento na circulação de agentes infecciosos já conhecidos, como o vírus sincicial respiratório (VSR) e SARS-CoV-2, entre outros.
A China seguiu a política conhecida como “Covid Zero”, marcada por lockdowns rigorosos e quarentenas, testes em massa e rastreamento minucioso de contatos, até dezembro. Essas medidas, embora eficazes contra a Covid-19, também restringem a propagação de germes comuns, criando uma “lacuna de imunidade” que pode tornar as pessoas mais vulneráveis a infecções quando deixam de adotar tais precauções, como é o caso das crianças.
As autoridades afirmaram que não foram identificados patógenos incomuns ou novos, assim como não foram observados quadros clínicos atípicos. Especialistas destacam que, apesar da vigilância, o alerta não é motivo para pânico ou preocupação imediata com uma nova pandemia. No momento, o foco está em reforçar a tríade de higienização das mãos, vacinação e informação.
Foto: China Daily | Reuters